quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Simone

Um dos seus primeiros rostos públicos, há 50 anos.


Vi, hoje à noite, a sua entrevista com Judite de Sousa, e o brilho nos olhos da jornalista deixava adivinhar o prazer que sentia ao conversar com ela. O seu prazer e o nosso.
Entrevistas destas não se conseguem todos os dias. A sua força é por demais conhecida entre nós; a sua coragem, o seu talento. Mas hoje, para além de tudo isso, houve também um grande momento de cumplicidade. Entre Simone e nós, espectadores, que a ouvíamos partilhar os seus segredos, as suas angústias, a sua imensa alegria de viver; o lado humano que nela transborda, de tão grande que é.
Não estive na homenagem pública aos seus 50 anos de carreira, mas partilhei, saborosamente, destes escassos minutos de intimidade, entre ela e nós, os outros. Porque de partilha se tratou.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Os vários rostos da palavra...


O e-mail tem destas coisas: no meio de tanta "tralha" e de tanta piada barata, de quando em vez chegam-nos bons momentos. É um desses momentos interessantes que vos vou passar, sob a forma de texto de Mia Couto.

Perguntas à Língua Portuguesa , Mia Couto

Venho brincar aqui no Português, a língua. Não aquela que outros embandeiram. Mas a língua nossa, essa que dá gosto a gente namorar e que nos faz a nós, moçambicanos, ficarmos mais Moçambique. Que outros pretendam cavalgar o assunto para fins de cadeira e poleiro pouco me acarreta.

A língua que eu quero é essa que perde função e se torna carícia. O que me apronta é o simples gosto da palavra, o mesmo que a asa sente aquando o voo. Meu desejo é desalisar a linguagem, colocando nela as quantas dimensões da Vida. E quantas são? Se a Vida tem é idimensões?

Assim, embarco nesse gozo de ver como escrita e o mundo mutuamente se desobedecem. Meu anjo-da-guarda, felizmente, nunca me guardou.

Uns nos acalentam: que nós estamos a sustentar maiores territórios da lusofonia. Nós estamos simplesmente ocupados a sermos. Outros nos acusam: nós estamos a desgastar a língua. Nos falta domínio, carecemos de técnica. Ora qual é a nossa elegância? Nenhuma, excepto a de irmos ajeitando o pé a um novo chão. Ou estaremos convidando o chão ao molde do pé? Questões que dariam para muita conferência, papelosas comunicações. Mas nós, aqui na mais meridional esquina do Sul, estamos exercendo é a ciência de sobreviver. Nós estamos deitando molho sobre pouca farinha a ver se o milagre dos pães se repete na periferia do mundo, neste sulbúrbio.

No enquanto, defendemos o direito de não saber, o gosto de saborear ignorâncias. Entretanto, vamos criando uma língua apta para o futuro, veloz como a palmeira, que dança todas as brisas sem deslocar seu chão. Língua artesanal, plástica, fugidia a gramáticas.

Esta obra de reinvenção não é operação exclusiva dos escritores e linguistas. Recriamos a língua na medida em que somos capazes de produzir um pensamento novo, um pensamento nosso. O idioma, afinal, o que é senão o ovo das galinhas de ouro?

Estamos, sim, amando o indomesticável, aderindo ao invisível, procurando os outros tempos deste tempo. Precisamos, sim, de senso incomum. Pois, das leis da língua, alguém sabe as certezas delas?

Ponho as minhas irreticências. Veja-se, num sumário exemplo, perguntas que se podem colocar à língua:

· Se pode dizer de um careca que tenha couro cabeludo?
· No caso de alguém dormir com homem de raça branca é então que se aplica a expressão: passar a noite em branco?
· A diferença entre um ás no volante ou um asno volante é apenas de ordem fonética?
· O mato desconhecido é que é o anonimato?
· O pequeno viaduto é um abreviaduto?
· Como é que o mecânico faz amor? Mecanicamente.
· Quem vive numa encruzilhada é um encruzilhéu?
· Se diz do brado de bicho que não dispõe de vértebras: o invertebrado?
· Tristeza do boi vem de ele não se lembrar que bicho foi na última reencarnação. Pois se ele, em anterior vida, beneficiou de chifre o que está ocorrendo não é uma reencornação?
· O elefante que nunca viu mar, sempre vivendo no rio: devia ter marfim ou riofim?
· Onde se esgotou a água se deve dizer: "aquabou"?
· Não tendo sucedido em Maio mas em Março o que ele teve foi um desmaio ou um desmarço?
· Quando a paisagem é de admirar constrói-se um admiradouro?
· Mulher desdentada pode usar fio dental?
· A cascavel a quem saiu a casca fica só uma vel?
· As reservas de dinheiro são sempre finas. Será daí que vem o nome: "finanças"?
· Um tufão pequeno: um tufinho?
· O cavalo duplamente linchado é aquele que relincha?
· Em águas doces alguém se pode salpicar?
· Adulto pratica adultério. E um menor: será que pratica minoritério?
· Um viciado no jogo de bilhar pode contrair bilharziose?
· Um gordo, tipo barril, é um barrilgudo?
· Borboleta que insiste em ser ninfa: é ela a tal ninfomaníaca?

Brincadeiras, brincriações. E é coisa que não se termina. Lembro a camponesa da Zambézia. Eu falo português corta-mato, dizia. Sim, isso que ela fazia é, afinal, trabalho de todos nós. Colocámos essoutro português – o nosso português – na travessia dos matos, fizemos com que ele se descalçasse pelos atalhos da savana.

Nesse caminho lhe fomos somando colorações. Devolvemos cores que dela haviam sido desbotadas – o racionalismo trabalha que nem lixívia. Urge ainda adicionar-lhe músicas e enfeites, somar-lhe o volume da superstição e a graça da dança. É urgente recuperar brilhos antigos.

Devolver a estrela ao planeta dormente.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Por uma vida melhor...

A exposição de Gérald Bloncourt foi inaugurada ontem, 18 de Fevereiro, e vai estar patente ao público até dia 18 de Maio, no Museu Berardo, no CCB, Lisboa.

Por uma vida melhor é o nome desta exposição que conta com cerca de 50 fotografias, a preto e branco, sobre a emigração portuguesa nos bidonvilles de Paris, para onde partiram muitos milhares, desde meados dos anos 50. É o seu quotidiano e as dificuldades por que passaram que Gérald Bloncourt nos retrata, ao longo desta exposição, sendo também parte da diáspora portuguesa que vê aqui o seu rosto. Ou, como refere o título da notícia da Lusa publicada em RTP-Notícias, "o homem que retratou a miséria dos filhos dos 'grandes descobridores' em França"...

No site que lhe é dedicado pude descobrir, entre outra informação com muito interesse, um dossier temático sobre a emigração portuguesa, chamado Sud-Express Portugal, "memoire et histoire de l'emmigration portuguaise", que se revela um verdadeiro arquivo sobre o tema, com filmes, notícias, documentos, em que - e cito -, "(...) os viajantes de Sudexpress não são turistas, mas viajantes convidados a participar na construção de uma memória colectiva." Da responsabilidade da Associação Memória Viva, aqui fica a dica para a visita, que recomendo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Abaixo os tripés... e quem neles se apoiar!

A comunicação social noticiou recentemente esta pérola que se pode ler aqui, na sua versão publicada no jornal Expresso, de 200.02.15. Quando me contaram nem acreditei, pois mais parece uma história dos Apanhados. Infelizmente não, o que dá vontade de rir de tão ridícula que é. Trata-se da descoberta de que é proibido o uso de tripés na via pública!! Então, já não se pode ter pretensões a fotógrafo e andar por aí a fazer fotografia nocturna, por exemplo, um dos muitos casos em que o uso do tripé é essencial - isto para não falar da intromissão óbvia nas funções dos repórteres??? Parece evidente que se trata de uma interpretação abusiva da lei; o eterno uso dos pequenos poderes: não está escrito mas, como a redacção é muitas vezes lata e vaga, o bom senso fica esquecido, porque já que posso, então vão ver como é!
Com tanto que há para fazer...
Parafraseando uma vez mais Fernando Pessa: "E esta, hem???"

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Les concerts à emporter = Take away shows



Depois dos livros online, os vídeos e as músicas.
Nas ruas de Paris, promove-se a actuação de bandas do momento, que actuam, de forma "espontânea", entrosando-se com quem passa e com quem está. Uma ideia que bem podia ser aplicada nas nossas cidades, desta feita com bandas "à séria" e não só com "aprendizes de feiticeiro", como se tem assistido muitas vezes por cá.
Descobri este site que, entre muitas outras coisas, nos permite visualizar os concertos decorridos nestes espaços. Escolhi, para ilustrar este post, uma das actuações dos Beirute, uma banda com uma sonoridade feita de influências várias, e de que gosto muito. Escutem...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Leituras à distância de um clique...


Eis uma biblioteca com 212 obras para ler, disponível online.
Boas leituras!
É só clicar no título para ler ou imprimir.

  1. A Divina Comédia -Dante Alighieri
  2. A Comédia dos Erros -William Shakespeare
  3. Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa
  4. Dom Casmurro -Machado de Assis
  5. Cancioneiro -Fernando Pessoa
  6. Romeu e Julieta -William Shakespeare
  7. A Cartomante -Machado de Assis
  8. Mensagem -Fernando Pessoa
  9. A Carteira -Machado de Assis
  10. A Megera Domada -William Shakespeare
  11. A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare
  12. Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare
  13. O Eu profundo e os outros Eus-Fernando Pessoa
  14. Dom Casmurro -Machado de Assis
  15. Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
  16. Poesias Inéditas -Fernando Pessoa
  17. Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare
  18. A Carta -Pero Vaz de Caminha
  19. A Igreja do Diabo -Machado de Assis
  20. Macbeth -William Shakespeare
  21. Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago
  22. A Tempestade -William Shakespeare
  23. O pastor amoroso -Fernando Pessoa
  24. A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós
  25. Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
  26. A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha
  27. O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa
  28. O Mercador de Veneza -William Shakespeare
  29. A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde
  30. Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare
  31. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
  32. A Mão e a Luva -Machado de Assis
  33. Arte Poética -Aristóteles
  34. Conto de Inverno -William Shakespeare
  35. Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare
  36. Antônio e Cleópatra -William Shakespeare
  37. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
  38. A Metamorfose -Franz Kafka
  39. A Cartomante -Machado de Assis
  40. Rei Lear -William Shakespeare
  41. A Causa Secreta -Machado de Assis
  42. Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa
  43. Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare
  44. Júlio César -William Shakespeare
  45. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
  46. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
  47. Cancioneiro -Fernando Pessoa
  48. Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional
  49. A Ela -Machado de Assis
  50. O Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa
  51. Dom Casmurro -Machado de Assis
  52. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
  53. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
  54. Adão e Eva -Machado de Assis
  55. A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
  56. A Chinela Turca -Machado de Assis
  57. As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare
  58. Poemas Selecionados -Florbela Espanca
  59. As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo
  60. Iracema -José de Alencar
  61. A Mão e a Luva -Machado de Assis
  62. Ricardo III -William Shakespeare
  63. O Alienista -Machado de Assis
  64. Poemas Inconjuntos -Fernando Pessoa
  65. A Volta ao Mundo em 80 Dias -Júlio Verne
  66. A Carteira -Machado de Assis
  67. Primeiro Fausto -Fernando Pessoa
  68. Senhora -José de Alencar
  69. A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães
  70. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
  71. A Mensageira das Violetas -Florbela Espanca
  72. Sonetos -Luís Vaz de Camões
  73. Eu e Outras Poesias -Augusto dos Anjos
  74. Fausto -Johann Wolfgang von Goethe
  75. Iracema -José de Alencar
  76. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
  77. Os Maias -José Maria Eça de Queirós
  78. O Guarani -José de Alencar
  79. A Mulher de Preto -Machado de Assis
  80. A Desobediência Civil -Henry David Thoreau
  81. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
  82. A Pianista -Machado de Assis
  83. Poemas em Inglês -Fernando Pessoa
  84. A Igreja do Diabo -Machado de Assis
  85. A Herança -Machado de Assis
  86. A chave -Machado de Assis
  87. Eu -Augusto dos Anjos
  88. As Primaveras -Casimiro de Abreu
  89. A Desejada das Gentes -Machado de Assis
  90. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
  91. Quincas Borba -Machado de Assis
  92. A Segunda Vida -Machado de Assis
  93. Os Sertões -Euclides da Cunha
  94. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
  95. O Alienista -Machado de Assis
  96. Don Quixote. Vol. 1 -Miguel de Cervantes Saavedra
  97. Medida Por Medida -William Shakespeare
  98. Os Dois Cavalheiros de Verona -William Shakespeare
  99. A Alma do Lázaro -José de Alencar
  100. A Vida Eterna -Machado de Assis
  101. A Causa Secreta -Machado de Assis
  102. 14 de Julho na Roça -Raul Pompéia
  103. Divina Comedia -Dante Alighieri
  104. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
  105. Coriolano -William Shakespeare
  106. Astúcias de Marido -Machado de Assis
  107. Senhora -José de Alencar
  108. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
  109. Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
  110. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
  111. A "Não-me-toques"! -Artur Azevedo
  112. Os Maias -José Maria Eça de Queirós
  113. Obras Seletas -Rui Barbosa
  114. A Mão e a Luva -Machado de Assis
  115. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
  116. Aurora sem Dia -Machado de Assis
  117. Édipo-Rei -Sófocles
  118. O Abolicionismo -Joaquim Nabuco
  119. Pai Contra Mãe -Machado de Assis
  120. O Cortiço -Aluísio de Azevedo
  121. Tito Andrônico -William Shakespeare
  122. Adão e Eva -Machado de Assis
  123. Os Sertões -Euclides da Cunha
  124. Esaú e Jacó -Machado de Assis
  125. Don Quixote -Miguel de Cervantes
  126. Camões -Joaquim Nabuco
  127. Antes que Cases -Machado de Assis
  128. A melhor das noivas -Machado de Assis
  129. Livro de Mágoas -Florbela Espanca
  130. O Cortiço -Aluísio de Azevedo
  131. A Relíquia -José Maria Eça de Queirós
  132. Helena -Machado de Assis
  133. Contos -José Maria Eça de Queirós
  134. A Sereníssima República -Machado de Assis
  135. Iliada -Homero
  136. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
  137. A Brasileira de Prazins -Camilo Castelo Branco
  138. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
  139. Sonetos e Outros Poemas -Manuel Maria de Barbosa du Bocage
  140. Ficções do interlúdio: para além do outro oceano de Coelho Pacheco. -Fernando Pessoa
  141. Anedota Pecuniária -Machado de Assis
  142. A Carne -Júlio Ribeiro
  143. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
  144. Don Quijote -Miguel de Cervantes
  145. A Volta ao Mundo em Oitenta Dias -Júlio Verne
  146. A Semana -Machado de Assis
  147. A viúva Sobral -Machado de Assis
  148. A Princesa de Babilônia -Voltaire
  149. O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
  150. Catálogo de Publicações da Biblioteca Nacional -Fundação Biblioteca Nacional
  151. Papéis Avulsos -Machado de Assis
  152. Eterna Mágoa -Augusto dos Anjos
  153. Cartas D'Amor -José Maria Eça de Queirós
  154. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
  155. Anedota do Cabriolet -Machado de Assis
  156. Canção do Exílio -Antônio Gonçalves Dias
  157. A Desejada das Gentes -Machado de Assis
  158. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
  159. Don Quixote. Vol. 2 -Miguel de Cervantes Saavedra
  160. Almas Agradecidas -Machado de Assis
  161. Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino -José Maria Eça de Queirós
  162. Contos Fluminenses -Machado de Assis
  163. Odisséia -Homero
  164. Quincas Borba -Machado de Assis
  165. A Mulher de Preto -Machado de Assis
  166. Balas de Estalo -Machado de Assis
  167. A Senhora do Galvão -Machado de Assis
  168. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
  169. A Inglezinha Barcelos -Machado de Assis
  170. Capítulos de História Colonial (1500-1800) -João Capistrano de Abreu
  171. Charneca em Flor -Florbela Espanca
  172. Cinco Minutos -José de Alencar
  173. Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida
  174. Lucíola -José de Alencar
  175. A Parasita Azul -Machado de Assis
  176. A Viuvinha -José de Alencar
  177. Utopia -Thomas Morus
  178. Missa do Galo -Machado de Assis
  179. Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves
  180. História da Literatura Brasileira: Fatores da Literatura Brasileira -Sílvio Romero
  181. Hamlet -William Shakespeare
  182. A Ama-Seca -Artur Azevedo
  183. O Espelho -Machado de Assis
  184. Helena -Machado de Assis
  185. As Academias de Sião -Machado de Assis
  186. A Carne -Júlio Ribeiro
  187. A Ilustre Casa de Ramires -José Maria Eça de Queirós
  188. Como e Por Que Sou Romancista -José de Alencar
  189. Antes da Missa -Machado de Assis
  190. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
  191. A Carta -Pero Vaz de Caminha
  192. Livro de Soror Saudade -Florbela Espanca
  193. A mulher Pálida -Machado de Assis
  194. Americanas -Machado de Assis
  195. Cândido -Voltaire
  196. Viagens de Gulliver -Jonathan Swift
  197. El Arte de la Guerra -Sun Tzu
  198. Conto de Escola -Machado de Assis
  199. Redondilhas -Luís Vaz de Camões
  200. Iluminuras -Arthur Rimbaud
  201. Schopenhauer -Thomas Mann
  202. Carolina -Casimiro de Abreu
  203. A esfinge sem segredo -Oscar Wilde
  204. Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha
  205. Memorial de Aires -Machado de Assis
  206. Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
  207. A última receita -Machado de Assis
  208. 7 Canções -Salomão Rovedo
  209. Antologia -Antero de Quental
  210. O Alienista -Machado de Assis
  211. Outras Poesias -Augusto dos Anjos
  212. Alma Inquieta -Olavo Bilac

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Em 1999 houve esperança...


Às voltas com a net, tropecei nesta notícia, de 1999, num site brasileiro (ver aqui) que me deixou um certo amargo de boca, uma espécie de olhar vago e desiludido em face dos recentes acontecimentos em Timor-Leste. Depois de tanta luta e de tanta esperança, acontece sempre o mesmo triste acordar para uma realidade baça e mesquinha. Não é justo...

Mais de 300 mil protestam em Portugal (Lisboa)

Uma manifestação ontem em Lisboa pedindo a intervenção de tropas da Organização das Nações Unidas (ONU) para conter os massacres em Timor-Leste reuniu dez vezes o número esperado de participantes. "Pretendíamos um cordão humano de dez quilômetros, o que necessitaria de 40.000 pessoas. Mas no final, tivemos cerca de 300 mil participantes", afirmou Pedro Dionísio, da Comissão para os Direitos do Povo Maubere.
O cordão humano uniu as embaixadas dos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - China, Estados Unidos, França Grã-Bretanha e Rússia -, passando também pela representação da organização em Lisboa. Prevista para durar 15 minutos, a manifestação acabou levando mais de uma hora.
Nas ruas de Lisboa, davam-se as mãos desde figuras conhecidas, como o primeiro-ministro Antonio Guterres, até gente que nunca participou de manifestações. "Estamos aqui porque estão matando o povo de Timor e é necessário que isso seja conhecido", afirmou o cantor Paulo de Carvalho.