O aviso de D. José Policarpo às mulheres portuguesas caiu mal. De pronto se levantaram as vozes do politicamente correcto, pretendendo pôr nas palavras ditas aquilo que os seus ouvidos dizem ter ouvido e dar-lhes uma interpretação que atiça a discórdia. Em que é que as palavras dele atrapalham os desejos de ecumenismo? A meu ver, em nada. Porque não foram contra o islamismo ou contra qualquer religião, mas apenas sublinhando as diferenças culturais, provenientes das diferenças religiosas e outras, que existem entre ocidentais (católicos praticantes ou não) e islâmicos. Os mesmos que se indignaram contra estas palavras têm também revelado indignação – e bem – quando se tornam conhecidos casos de mulheres subjugadas por terem casado com muçulmanos e emigrado para o país do marido, não se habituando a um modo de vida completamente contrário ao que estavam habituadas.
Sinceramente, penso que era este o sentido das palavras de D. Policarpo e não outro. Sinceramente, também penso que os “indignados” também assim o entenderam. Sinceramente, parece-me que estamos perante uma tempestade num copo de água…
Ou como ironizava uma senhora que conheci em tempos: “Se se pode complicar, para quê fazer simples?!...”
14 comentários:
Concordo plenamente.
Beijinhos das Caldas.-
Paula,
concordo inteiramente consigo!
se lhe apetecer dê um "pulinho ao blog da «Patti» http://aresdaminhagraca.blogspot.com/2009/01/politicamente-incorrecto.html
também gostei do que escreveu acerca deste assunto.
um grande abraço, votos de um BOM ANO! e o meu sorriso :)
(ainda engripado!)
mariam
D. José falou às Católicas e a indignação veio de fora de falsos púdicos e com complexos politicamente correctos e anti-clericais.
Que fale mais D. José, para levantar as lebres ajudando a separar o trigo do joio.
Bom fim-de-semana
Olha, eu era para ter escrito um post sobre este assunto.
Mas depois vi tanta coisa pela net que me limitei a deixar comentários discordantes nos ditos posts.
Até que enfim um post ponderado, calmo e despido de paixões.
Como devem ser lidas e entendidas estas declarações.
Mais uma vez acertaste na mouche:)
Bom fim-de-semana
Caldas,
Bem-vindo! Para concordar ou discordar, volte sempre!
Maria,
Ok, vou lá espreitar.
BOM ANO também para si e... as melhoras, com menos pingos!... ;)
Bjs
Paulo,
Pois é, o problema são os complexos. A mania de que tudo tem de ser politicamente correcto retira-nos margem de manobra, impede-nos de reagir às situações, de ter sentido crítico. Acabam mesmo por entrar em contradições profundas, estruturantes, aqueles que se indignaram contra o que o Cardeal disse, tendo em conta que, em princípio, defendem os ideais de liberdade individual, etc. Fala-se muito de cor, sem ter a preocupação de conhecer um pouco mais as outras ideologias, ou as outras religiões, etc.
Bom fim-de-semana.
Blue,
Acertei na mouche?! Acho apenas que o politicamente correcto é uma camisa de onze varas!... :)
Bjs e bom fim-de-semana!
gosto particularmente desse chavão Paula .. "Se se pode complicar, para quê fazer simples" :) .. acho que foi isso mesmo que se passou neste episódio. Porque não disse nenhuma mentira D. José Policarpo.
Once,
É mesmo. E o pragmatismo não rima com conversas fiadas... :)
Bjs
LB,
Nem mais...
Além do mais, por certo a noiva conhece por antecipação a cultura e o estilo de vida do marido.
O fato de a Igreja caminhar com botas de chumbo, enquanto o resto da humanidade anda com sapatilhas de bailarina, deixam as patrulhas da inteligentzia em alerta. Basta um clérigo abrir a boca, e a turma cai de pau.
Um beijo!
P.S.: eu diria de trinta e três varas (11 x 3) :)
Oliver,
Mas uma coisa é conhecer em teoria, outra é sentir a realidade na prática, no dia-a-dia. É como a anedota: "uma coisa é turismo, outra é emigração!"... ;)
Mas o que está aqui em causa é mais o discurso puramente retórico e politicamente correcto, que obsta, por vezes, a que o bom senso respire.
Trinta e três varas?! Ok, aceito! ;)
Bjs
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