
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Pelo olhar de Georges Dussaud...

terça-feira, 27 de novembro de 2007
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
"Que farei com este livro?"

Domingo à tarde. Perante a parca oferta cinematográfica, e a pedido de T., decido-me pelo teatro. A Companhia de Teatro de Almada leva à cena Que fazer com este livro?, de José Saramago e encenação de Joaquim Benite, numa segunda versão da peça, estreada em 1980.

sábado, 24 de novembro de 2007
O eu fora de mim

sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Homenagem...
A Noite Passada - Sérgio Godinho
A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
até que te vi num castelo de areia
cantavas "sou gaivota e fui sereia"
ri-me de ti "então porque não voas?"
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste
A noite passada fui passear no mar
a viola irmã cuidou de me arrastar
chegado ao mar alto abriu-se em dois o mundo
olhei para baixo dormias lá no fundo
faltou-me o pé senti que me afundava
por entre as algas teu cabelo boiava
a lua cheia escureceu nas águas
e então falámos
e então dissemos
aqui vivemos muitos anos
A noite passada um paredão ruiu
pela fresta aberta o meu peito fugiu
estavas do outro lado a tricotar janelas
vias-me em segredo ao debruçar-te nelas
cheguei-me a ti disse baixinho "olá",
toquei-te no ombro e a marca ficou lá
o sol inteiro caiu entre os montes
e então olhaste
depois sorriste
disseste "ainda bem que voltaste"
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Para sempre, Paulo Autran
A 12 de Outubro deste ano, morreu Paulo Autran, considerado o maior actor brasileiro da actualidade.
Deixo aqui um registo da sua maneira única de dizer poesia, neste caso de um grande poeta brasileiro: Carlos Drummond de Andrade.
Poemas da minha vida - II

Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Piadongas...
Não resisti a partilhá-la. Só agora vi esta do Gato Fedorento!... Eu sei, já estou desactualizada, mas o que querem...
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Minha Pátria é minha Língua...
Num comunicado à imprensa, a associação considera «precipitada e estranha a forma como este processo tem sido conduzido».
Lembrando os mais de 15 anos de «quase silêncio» decorridos desde a aprovação do Acordo Ortográfico, a APEL observa que a decisão de ratificar o Protocolo, anunciada recentemente pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, ocorre por «pressão» do Brasil e «sem qualquer discussão pública nem intervenção dos ministérios da Cultura e da Educação e da própria Assembleia da República».
O Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe assinaram este ano o Protocolo Modificativo, tendo sido os três primeiros países da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - a fazê-lo.
«É fundamental - declara a APEL - que todos os sectores da sociedade portuguesa, sem excepção, tenham consciência das implicações da eventual assinatura do Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico, quer a nível interno, quer a nível externo».
Na óptica da associação, não há, por um lado, «uma avaliação rigorosa do impacto que tal medida terá na Educação(...)» e, por outro, «numa altura em que Portugal beneficia do sucesso alcançado pelas editoras portuguesas em Angola e Moçambique, essa posição poderá ser posta em causa com a ratificação do Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico».
No caso concreto do impacto da medida na Educação, a APEL precisa que não é «apenas» o ensino da Língua Portuguesa que está em causa, na medida em que «toda a edição escolar e para-escolar, incluindo livros auxiliares de várias disciplinas, gramáticas e dicionários, terá de ser rapidamente actualizada».
Também a edição generalista e os catálogos das bibliotecas serão abrangidos, assim se «destruindo grande parte do esforço desenvolvido pela iniciativa do Plano Nacional de Leitura», adverte o comunicado.
Posição semelhante à da APEL foi tornada pública pela Sociedade Portuguesa de Autores, SPA, que contesta a ratificação do Protocolo sem o «indispensável debate público e institucional sobre a matéria».
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Mariza - Chuva
Mariza - Chuva
Jorge Fernando
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
terça-feira, 13 de novembro de 2007
De costas para os outros ou a antítese da urbe
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Poemas da minha vida - I
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei-de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor que tive
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinícius de Moraes
domingo, 11 de novembro de 2007
Ler devagar... a oriente
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Da autoria...
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Semana Cultural do Intervalo

Já foi no mês passado, concretamente na semana de 8 a 14 de Outubro, que me deliciei assistindo à já tradicional Semana Cultural deste Grupo de Teatro, que funciona no Auditório Municipal Loudes Norberto, em Linda-a-Velha, e que, a pretexto da comemoração do seu 38º aniversário, proporciona a todos quantos estejam interessados, momentos de festa. Assim, lá actuaram Camané, António Victorino d'Almeida, Sérgio Godinho, Paulo de Carvalho, Agir, Mafalda Sachetti, Fernando Tordo, Rão Kyao e António Maria Cartaxo, num périplo que foi desde o fado até à música clássica. Paralelamente, intervieram: Morais e Castro, Cármen Dolores, Luis Aleluia, Maria do Céu Guerra, Hélder Costa, Correia da Fonseca, Raúl Calado (em homenagem a José Duarte), Baptista Bastos e António Cartaxo.


quarta-feira, 7 de novembro de 2007
O regresso de Michael Moore

terça-feira, 6 de novembro de 2007
O início...
Os blogues são, afinal, os novos Diários, para uns; forma de promoção, para outros. Vozes do que cada um pensa e pretende declarar aos outros. A todos. Para mim, sinceramente, é uma necessidade recente. Gosto de escrever e interesso-me por muitas coisas. Penso e sinto, como tantos. Nada de original, portanto. Devo ao meu Amigo L. o incentivo para avançar com esta experiência. O empurrão, o estímulo. Para ele, um enorme bem-haja.
Aqui vai. A ver vamos.