Fez ontem um mês que T. partiu alegremente para T., em I. Não interessa escancarar aqui a geografia dos nomes e lugares: quem sabe, sabe e a quem desconhece também nada muda. Há-de regressar em breve, mais completo. Necessariamente. Fica por enquanto a saudade, apesar da alegria da certeza de que vive bons momentos. E veio-me à memória, não uma frase batida como diz a canção, mas um texto de T., que me inspirou este outro à laia de resposta, mais curto, mas intenso:
Se eu fosse uma esferográfica, rabiscaria palavras de saudade e ternura,
Pintaria com cores garridas a tua imagem, para que os outros vissem aquilo que nunca esquecerei,
Traçaria uma linha que encurtasse a distância que vai de mim a ti.
Se eu fosse uma esferográfica, brilhante como tu gostavas quando eras criança.................
Se.
13 comentários:
mais completo :) Certamente minha Amiga ..
Abraço solidário de uma mãe (e amiga) que se vai preparando para o mesmo :)) *
Cat
Cat,
Vai-te preparando! :):)
Bjs
LB,
Uma esferográfica do tipo varinha de condão... :)
Paula,
Gostei de passar por aqui!
BJS
Incontornabilidades, não é? A vida também é feita de distâncias, mas estas geralmente, não significam deixar de. ao invés, a saudade torna os filhos omnipresentes.
abraço
Lollipop,
Obrigada. Volte sempre.
Spectrum,
Muitas distâncias, de facto. Mas elas também compõem as memórias...
Obrigada pela visita. Volte sempre.
Sei bem o que isso é. Comecei essa saga há 5 anos nunca pensando que por lá ficaria.
É algo que mudou a minha vida, pior que me retirou parte da minha vida.
Que o tempo passe e volte.
Beijinhos
Bluevelvet,
É a marca do tempo: criar mudanças... ;)
Bjs
Olá Paula
No afastamento dos que dão plenitude ao nosso ser, resulta o momento único da reflexão sobre esse facto. E é isso que faz crescer ambas as partes, afastando o sentido de pertença e abrindo portas à complementaridade dos seres. É o inicio do ciclo da maturidade das relações. Mesmo que transitóriamente, como poderiamos dar valor ao fundamental, se o tivéssemos sempre presente?
Um beijo,
João
Partir é um verbo que os portugueses bem conhecem, que fez História pelas melhores (?!) razões e continua a fazer, por vezes, por razões não tão épicas.
Mas pressupõe, também, regresso.
Que os anseios de quem parte e de quem fica, se cumpram. Plenamente.
Beijos.
João,
Concordo. Diminuir o sentido de pertença é sinal de crescimento e maturidade e o afastamento, natural da vida, ajuda a atribuir valor ao que realmente o tem.
Legível,
Sim, o regresso está quase sempre implícito...
(agora lembrei-me daquela velha canção: Adeus Mãezinha, vou partir, mas tenho esperança...;);)
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