Pressinto por aí um levantar de sobrolho, desconfiado e incrédulo: o título parece pomposo, descabido e piroso. Não, não tenciono dedicar-me à escrita de folhetins, nem de guiões de novela.
Ele surge porque há dias tive conhecimento de um programa de tempos livres para crianças, organizado por uma pequena empresa que se dedica a estas artes, e que me pareceu marcar pela diferença. A sua proposta vai no sentido de chamar a atenção das crianças para os pequenos nadas do dia-a-dia, para as coisas positivas que vivem na sombra, pois estamos demasiado amestrados para valorizarmos os tons negros em vez de outros mais luminosos. Desta forma, a proposta de ocupação do tempo de férias das crianças e jovens contempla a promoção de algumas actividades, na sua maioria muito simples, mas que ajudem a reconhecer os aspectos positivos da vida, já que para os outros existem demasiados treinadores, desde os media a cada um de nós. Assim, intercalam as actividades tradicionais, as desportivas e as idas à praia, com outras, em que lhes pedem para descreverem o que vêem de bonito, ou de bem feito no seu caminho de casa para a escola, por exemplo; organizam jogos em que o objectivo seja enumerar características positivas dos colegas de grupo, de modo a que no final do jogo cada um tenha sido presenteado com uma lista de qualidades que os outros lhes atribuem.
Aprender a valorizar o que de bom nos rodeia em vez de nos focarmos eternamente nas contrariedades, é a pedra de toque para a construção da felicidade. Apetecia inseri-la nos programas curriculares: educação para a felicidade, que podia englobar também temas de educação cívica e outros. A ideia, apesar de não ser minha, perfilho-a. Fundamental e urgente.
8 comentários:
Sensacional Paula!
Acho essa ideia da "Educação para a felicidade" fascinante, desde que ... seja obrigatória em Educação e Formação de Adultos!
Talvez assim ainda se recuperem alguns, ... como se de "Novas Oportunidades" se tratasse!
Se tiver influência no mundo da Educação proponha! Eu apoio-a!!
Tenha um bom fim de semana, ou melhor, seja "feliz".
João,
Bem visto! :)
Boa semana!
Paula .. um senhor que admiro e sigo dizia há tempos largos numa conferência de renome que a educação que estamos a promover às gerações vindouras "mata a criatividade" ..
Agora chego aqui e leio-te isto :)
Quem sabe se na educação para valorizar o detalhe (aquele precioso detalhe que temos na vida e tantas vezes esquecemos) não está realmente o segredo (não do livro) ;) de uma postura diferente e mais optimista.
:) Subscrevo *
Kiss kiss
Paula
uma excelente ideia essa, fundamenta e bem a criação de pessoas positivas, aguçando o seu espírito crítico e valorativo...e aplicável em qualquer faixa etária, apoiado
boa semana
:-)
Once,
O detalhe? Claro que sim: A vida é feita de pequenos nadas... ;)
Kiss Kiss.... :)
Flip,
:):)
Bjs e boa semana!
Sim, concordo.
Realçar aos miúdos o que importa, valorizar o que é bom. Sublinhar tudo o que temos de aproveitar.
Filoxera,
Seria um bom começo para os mais jovens. Ou talvez mesmo um bom começo para todos nós, já que não há muito esse hábito... ;)
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