Apesar de tanto se glosar a Mulher e de tanto cantar o 8 de Março, de tanto se postar, publicar, de tantas rosas se oferecer, a realidade está sempre lá, bem presente, a puxar para baixo quem reflecte sobre estes assuntos e quem teima em ver em vez de somente olhar...
Vem este arrazoado a propósito da recente "notícia" (?) da presença da mulher de António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na manifestação de professores do último dia 8. Logo a comunicação social foi eco (ou propulsora?) das más-línguas, que ampliaram a presença de Fernanda Tadeu nesta manifestação, qual zoom de paparazzi. De repente, esta mulher passou a ser conhecida e a sua atitude cívica ganhou contornos políticos, não por mérito próprio mas, somente, pelo facto do seu marido ser uma figura pública, membro do partido do Governo.
A incapacidade em separar as águas é notória. Subscrevo inteiramente as palavras do jornalista Nuno Ramos de Almeida, na coluna Praça Vermelha do Meia Hora, ao lembrar que a figura do chefe de família já não existe e que a liberdade de expressão e os direitos não têm género. Ao associá-la ao marido nesta questão, para além de tentar tirar dividendos políticos deste acto, constitui uma afronta à sua individualidade.
Os pequenos nadas são notícia, ou por falta de capacidade de tratar questões maiores ou, sobretudo, pela ganância das vendas e das audiências. Quem fica a perder são sempre os mesmos, nós todos.
Vem este arrazoado a propósito da recente "notícia" (?) da presença da mulher de António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na manifestação de professores do último dia 8. Logo a comunicação social foi eco (ou propulsora?) das más-línguas, que ampliaram a presença de Fernanda Tadeu nesta manifestação, qual zoom de paparazzi. De repente, esta mulher passou a ser conhecida e a sua atitude cívica ganhou contornos políticos, não por mérito próprio mas, somente, pelo facto do seu marido ser uma figura pública, membro do partido do Governo.
A incapacidade em separar as águas é notória. Subscrevo inteiramente as palavras do jornalista Nuno Ramos de Almeida, na coluna Praça Vermelha do Meia Hora, ao lembrar que a figura do chefe de família já não existe e que a liberdade de expressão e os direitos não têm género. Ao associá-la ao marido nesta questão, para além de tentar tirar dividendos políticos deste acto, constitui uma afronta à sua individualidade.
Os pequenos nadas são notícia, ou por falta de capacidade de tratar questões maiores ou, sobretudo, pela ganância das vendas e das audiências. Quem fica a perder são sempre os mesmos, nós todos.
4 comentários:
Sem dúvida Paula, não tinha lido a notícia mas realmente...
se bem que aí, mais do que isso é o aproveitamento pol+itico tb a funcionar. na verdade rimo-nos do caso clinton mas estamos quase lá (acho eu e com grande pena o digo).
não se pode exercer hoje em dia um cargo governamental sem que o que faz a família seja publicado nos jornais.
Não pelo interesse da coisa em si... apenas porque pode beneficiar ou prejudicar alguém.
É lamentável
bom fim de semana
Leonor,
Concentrem-se na acções políticas ou profissionais das pessoas, e não nos fait-divers sem qualquer interesse relevante.
Bom fim-de-semana.
É uma atitude baixa de um jornalismo cada vez mais rasteiro, Paula...
Luis Eme,
Rasteiro é o termo, mas depende muito dos leitores/ouvintes/espectadores continuarem a consumir rasteireices ou serem mais exigentes.
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